Wellington Dias acusa Governo Bolsonaro de plano contra os Yanomamis

O ministro crê que o ex-presidente será responsabilizado e disse que de 30 mil yanomamis, somente 177 recebem o Auxílio Brasil.

Ministro crê que o ex-presidente será responsabilizado e disse que de 30 mil yanomamis, somente 177 recebem o Auxílio Brasil. | Reprodução/Divulgação
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Em entrevista ao portal de notícias UOL na terça-feira, 24 de janeiro, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), pontuou que acredita na responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela tragédia dos Yanomamis em Roraima, e foi além, ao sinalizar para um plano contra os povos da região.

"Tem claramente um plano, que ao cortar essa assistência, levou ao adoecimento", afirmou.

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Wellington Dias acredita em plano contra os Yanomamis (Foto: Divulgação MDS)Wellington Dias destacou que apenas 177 de um universo de 30 mil Yanomamis estão recebendo o Bolsa Família, o que na visão dele já revela a gravidade da situação e a inércia da gestão federal no atendimento aos povos originários. "Digo que sim, porque é o presidente da República, o Ministério da Saúde que precisava garantir atendimento a saúde, não garantiu, a segurança, não garantiu, a alimentação, não garantiu, temos 177 no meio de 30 mil yanomami, que dependiam de transferência de renda recebendo o Bolsa Família".

O ex-governador do Piauí ainda citou o exemplo local, reverberando que a intenção era 'colocar de forma sufocada, sem atendimento' os yanomamis. "Eu sou de um estado onde o extermínio dos povos das origens foi planejado a ponto de um governador reconhecer em lei que não havia mais indígenas no Piauí. Ali [com os yanomamis], a intenção era de colocar de forma sufocada, sem atendimento, sem atenção a essa população. É isso que estamos encontrando lá em cada visita, cada comunidade".

Ele acredita também que o número de mortos é maior do que o projetado inicialmente. "Pelo que a gente acompanhou, é que pode ser um número bem pior. De verdade, cabe a investigação, mas também a operação para salvar vidas, é assim que estamos chegando".

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