Wellington confirma que PT quer CPI para investigar Demóstenes

Senador afirmou que o PT é a favor de uma CPI para a investigação do envolvimento ilegal de parlamentares com o empresário Carlinhos Cachoeira.

Wellington Dias. | Reprodução
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O PT é a favor de uma CPI para a investigação do envolvimento ilegal de parlamentares com o empresário Carlinhos Cachoeira. A informação é do senador Wellington Dias (PT). Segundo ele, não é possível apurar os fatos com a responsabilidade devida se não houver acesso aos documentos do inquérito, que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em segredo de justiça.

Wellington, que chegou a ser apresentado pelo partido como candidato à presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, cargo atualmente vago, ressaltou que o poder de apuração dessa instância é limitado. ?Se o Conselho de Ética não tem acesso a essa documentação, o caminho é a CPI. Essa é a posição que a liderança do PT está apresentando aos demais partidos?, afirmou.

O parlamentar ressaltou o grande interesse do país em investigar profundamente as denúncias diante dos fortes indícios de crimes e considerou importante o papel específico do Conselho de Ética na investigação dos membros do Congresso, especialmente pela suspeita de envolvimento de líderes de partidos na Câmara e no Senado no esquema de Carlinhos Cachoeira.

?Não podemos, enquanto parlamento, fazer de conta que não estamos percebendo a gravidade do que está acontecendo. É um tema debatido na sociedade?, completou. Wellington Dias não soube dizer quantas assinaturas poderia conseguir para a abertura de uma CPI, mas lembrou que alguns partidos já manifestaram posição favorável.

O senador negou que a CPI seja contra ?um ou outro partido?: ?É para investigar tudo o que tiver que investigar, seja de qual for o partido. Outras vezes, quando se envolveu membros do PT, agimos da mesma forma. Não podemos é prejulgar ninguém, nem do PT nem de qualquer outro partido. É preciso que se dê a oportunidade da ampla defesa e se forme um juízo a partir do resultado das investigações?, argumentou.

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