Wagner Rosário, ministro da CGU, será ouvido na CPI da Pandemia

Ministro Wagner Rosário falará à CPI sobre fiscalização de compra de vacinas

Ministro Wagner Rosário | Valter Campanato/Agência Brasil
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A CPI da Pandemia vai ouvir nesta terça-feira (21), a partir das 9h30, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.

No requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), Wagner Rosário deveria comparecer à CPI para falar de investigações sobre desvio de recursos liberados pela União para estados e municípios. No entanto, o senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que vai cobrar explicações sobre a suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde.

Na terça-feira, 15, em reunião da CPI, Omar disse que Wagner Rosário prevaricou, pois como servidor público teria deixado de tomar iniciativas e se omitido diante de irregularidades.

Ministro Wagner Rosário vai falar nesta terça à CPI da Pandemia (Valter Campanato/Agência Brasil)

"O que ele tem que explicar não é as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens [sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde] desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador", disse Aziz.

Ministro Wagner Rosário (Valter Campanato/Agência Brasil)

Resposta

Wagner Rosário usou uma rede social para responder ao presidente da CPI. O ministro acusou o presidente da CPI de cometer o crime de calúnia.

“Senador Omar Aziz, calúnia é crime!!! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime!!! Aguardando ansiosamente sua convocação”, escreveu.

O presidente da CPI usou a mesma rede social para reafirmar a acusação contra Wagner Rosário. “Prevaricação também é crime”, publicou Omar Aziz.

Repasses a estados e municípios

O requerimento de convocação para o ministro da CGU foi aprovado pela comissão em junho. De acordo com Eduardo Girão, o órgão enviou à CPI dados sobre 53 operações especiais que apuram desvio de recursos por estados e municípios. Segundo Girão, o valor total dos contratos chega a R$ 1,6 bilhão. “O prejuízo efetivo apurado até agora atingiu quase R$ 39,2 milhões, e o prejuízo potencial é de R$ 124,8 milhões. Assim, o prejuízo total pode alcançar R$ 164 milhões”, argumenta.

Segundo Eduardo Girão, Polícia Federal e Ministério Público expediram 778 mandados de busca e apreensão e 67 mandados de prisão temporária. Das 472 pessoas físicas investigadas, 129 são agentes públicos. As operações especiais apuram a participação de 291 pessoas jurídicas em irregularidades. São 51 órgãos públicos, 228 empresas privadas e 12 entidades sem fins lucrativos. (Fonte: Agência Senado)

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