A repressão aos protestos convocados pela oposição na Venezuela provocou mortes e prisões por todo o país, em um momento em que a comunidade internacional exige maior transparência sobre os números apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que confirmou a reeleição de Nicolás Maduro. Meios de comunicação internacionais, citando fontes locais, confirmam dois mortos e falam em casos sob investigação, enquanto o jornal espanhol El Mundo confirma sete mortos em todo o país.
repressão das forças de segurança
A contagem dos mortos em meio aos protestos que se espalharam pelo país se tornou uma tarefa difícil em meio à repressão das forças de segurança às manifestações. A ONG Foro Penal relatou uma morte no estado de Yaracuy. O jornal El País citou um morto em Zulia, enquanto o argentino La Nacion menciona uma vítima na cidade de Maracay, no estado de Aragua. O El Mundo citou fontes independentes para confirmar as mortes em Yaracuy, Zulia, Maracay e Caracas. Múltiplas fontes confirmam dezenas de detidos.
disparo de gás lacrimogêneo e de balas de borracha
As forças de segurança venezuelanas dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que questionavam a reeleição reivindicada por Maduro. Em algumas localidades, como em bairros de Caracas e na cidade de Carabobo, foram ouvidos disparos com arma de fogo. Em Petare, maior favela da capital venezuelana e um reduto histórico do chavismo, milhares de manifestantes saíram às ruas com gritos de protestos que incluíam "vai cair, vai cair, este governo vai cair!" e "Que entregue o poder já!".
estátuas de Hugo Chávez derrubadas
Por todo o país, pelo menos cinco estátuas de Hugo Chávez, o falecido ícone socialista que liderou o país durante mais de uma década e escolheu Maduro como seu sucessor, foram derrubadas pelos manifestantes. — Pela liberdade do nosso país, pelo futuro dos nossos filhos, queremos liberdade, queremos que Maduro vá embora, vá embora Maduro! — disse à AFP Marina Sugey, uma dona de casa de 42 anos, no protesto em Petare.
terceiro mandato de maduro
O mandatário, reeleito para um terceiro mandato de seis anos, denunciou uma tentativa de golpe de Estado "de caráter fascista e contrarrevolucionário". O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, informou que 23 militares ficaram feridos. A oposição, liderada por María Corina Machado, denuncia fraude e disse ter "como provar a verdade" da eleição que afirma ter sido vencida por Edmundo González Urrutia com 6,27 milhões de votos contra 2,75 milhões para Maduro.
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