Na última quinta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao começar a discursar no evento de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, foi surpreendido por uma mulher que estava na plateia. A apoiadora interrompeu a fala do petista, subiu no palco e pediu ajuda ajoelhada aos pés do presidente. Ao observar a ação, Lula não conteve as lágrimas.
Ao recuperar-se da emoção, o comandante do Palácio do Planalto disse que a apoiadora é um espelho refletor da realidade de muitos brasileiros. “Essa mulher representa um pouco daquilo que passa o povo brasileiro”, afirmou. Na ação, ela mostrou um documento do Quilombo Rio dos Macacos com demandas dos habitantes para Lula.
A mulher chegou a ser contida pelos seguranças antes de subir no palco. No entanto, vendo a desordem que se formava, o presidente pediu que a liberassem para se aproximar. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, contribuiu para que o contato fosse realizado de forma tranquila e acompanhou a mulher até a saída do palanque.
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Depois disso, Lula afirmou que se candidatou e foi eleito para mudar a realidade do país. “Esse país tinha dado um salto de qualidade, tinha se transformado no país mais alegre e otimista do mundo. […] Mas me parece que o destino nos jogou uma praga de gafanhotos que em apenas 4 anos destruíram tudo o que nós fizemos”, declarou ao público.
Além disso, o chefe do Executivo reforçou seu compromisso com a população mais carente do país e que irá trabalhar “no pouco tempo que tem” de gestão para isso.
Lei Paulo Gustavo
O evento aconteceu, em Salvador (BA), com o objetivo de homologar a Lei Paulo Gustavo após ser assinada por Lula. O documento de incentivo à cultura direciona R$ 7,8 bilhões para Estados e municípios investirem em projetos culturais. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também participou do cerimônia.
“Os ignorantes desse país precisam aprender que cultura não é gasto, não é pornografia, não é coisa menor. Cultura é o jeito da gente falar, cantar, dançar, fazer aquilo que a gente sabe fazer. Cultura significa emprego e milhões de oportunidades”, declarou o presidente.
Lula acrescentou, ainda, sua fadiga em sancionar programas sociais em Brasília e para o mesmo público. Por isso, optou em fazer o evento na capital baiana. “Estava cansado de lançar programas no Palácio do Planalto com quase sempre as mesmas pessoas”.