Imagens que circulam nas redes sociais registram o momento de desespero da funcionária que encontrou o ex-prefeito de Taquaritinga, Vanderlei Mársico, de 73 anos, morto dentro de sua residência na manhã de quinta-feira (10). O vídeo mostra a mulher em estado de choque, pedindo ajuda logo após localizar o corpo.
De acordo com a Polícia Civil, Mársico foi encontrado deitado na cama, com as mãos e os pés amarrados com fios elétricos e de carregador de celular. Ele estava coberto por uma manta e apresentava um ferimento na boca.
Ação dos criminosos
A polícia obteve imagens de câmeras de segurança de um imóvel vizinho à casa do ex-prefeito. Embora a gravação não tenha sido divulgada, segundo os investigadores, ela mostra três homens encapuzados entrando na residência por volta das 2h06 da madrugada de quarta-feira (9).
"Eles entraram pelo portão e seguiram pela lateral até os fundos, onde fica a cozinha. Suspeitávamos de arrombamento, mas não houve de fato. A empregada contou que ele costumava deixar a porta apenas encostada quando estava em casa, trancando-a só quando viajava", explicou o delegado Claudemir Pereira da Silva.
A ação, segundo o delegado, durou aproximadamente 50 minutos. Outras imagens analisadas mostram os suspeitos deixando o local pela garagem com o carro da vítima.
A polícia trabalha com a hipótese de morte por sufocamento, mas a causa exata ainda depende do laudo do Instituto Médico Legal (IML). A principal linha de investigação é latrocínio (roubo seguido de morte), embora não se descarte motivação política.
Ainda conforme o delegado, o interior da residência estava totalmente revirado, especialmente os quartos, o escritório e a sala, com roupas e gavetas espalhadas. A perícia recolheu impressões digitais, os fios usados para amarrar a vítima, alguns documentos e um tênis encontrado no meio da sala — segundo a funcionária, ele não pertencia ao ex-prefeito. Além do carro, o celular de Mársico também foi levado.
A Polícia Civil segue realizando diligências na região para tentar identificar os suspeitos. Até o fechamento desta reportagem, ninguém havia sido preso.