O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) causou controvérsia ao fazer uso de uma expressão que remete à frase presente no letreiro de Auschwitz, campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial, onde milhares de judeus foram mortos. Durante seu discurso no plenário da Câmara, ao justificar o voto contrário do PL à criação de mais um feriado no Brasil, desta vez destinado à Consciência Negra, o parlamentar afirmou que "o trabalho liberta".
Bibo Nunes enfatizou que sua fala não tinha qualquer relação com racismo ou hostilidade em relação aos negros, mas sim com a oposição à criação de mais feriados no país, citando o excesso de feriados como prejudicial aos empresários. Apesar da referência polêmica, nenhum parlamentar comentou sobre a expressão utilizada pelo deputado.
Na justificativa, o deputado argumentou que o Brasil já conta com um número excessivo de feriados, o que, segundo ele, prejudica os empresários.
Além do voto contrário do PL, o partido NOVO também se posicionou contra a criação do feriado nacional em homenagem à Consciência Negra.
A Câmara aprovou a urgência para apreciar o Projeto de Lei 3268/21, que busca declarar o Dia da Consciência Negra como feriado nacional. Atualmente, a data é feriado em alguns estados, como Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro, além de ser comemorado em 1.260 municípios brasileiros. A proposta, apresentada pela bancada negra da Câmara, busca instituir o feriado nacional em homenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, cuja morte ocorreu em 20 de novembro. O texto já havia sido aprovado no Senado no ano anterior.
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