Nesta quinta-feira (24), Rodrigo Amorim, deputado estadual do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB-RJ), conhecido por quebrar uma placa em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco em 2018, se envolveu em uma agressão verbal contra funcionários do Departamento Municipal de Ordem Pública (Seop), no Rio de Janeiro.
Os agentes públicos estavam realizando uma inspeção ao redor do Aeroporto Santos Dumont quando o parlamentar se aproximou deles. As imagens divulgadas nas redes sociais capturam o momento em que Amorim afirma: "boto o peito, boto o dedo na cara e falo da maneira que me tratam".
O parlamentar bolsonarista estava acompanhado pelo também deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ), que estava gravando os agentes com seu celular.
Devido ao confronto, a Polícia Militar (PM) foi acionada, e os envolvidos foram levados à 5ª Delegacia de Polícia (Mém de Sá).
Nas redes sociais, Amorim afirmou que estava prestes a embarcar em um voo no Aeroporto Santos Dumont quando se deparou com um congestionamento causado por uma blitz da Seop.
"Ao abordar, no meu direito de cidadão, o elemento que estava na blitz, ouvi dele que ‘ele não tinha satisfações a me dar’ porque ‘ele era município’. Como se fosse possível a um cidadão ser apenas ‘do Estado’", escreveu.
"Não são donos da rua"
O deputado direitista negou ter agredido os funcionários municipais. De acordo com sua assessoria, foram os agentes municipais que tentaram atropelá-lo. "O deputado tem imagens em que os agentes do município tentaram atropelá-lo na Avenida Beira-Mar, nas proximidades do Aeroporto Santos Dumont", comunicou a assessoria.
"São os mesmos de sempre: homens de colete azul, truculentos, sem identificação alguma. A milícia do senhor Breno Carnevale e do prefeito Eduardo Paes. Interpretei os agentes que faziam uma blitz engarrafando o trânsito, e eles disseram que não havia satisfação a dar. Se sentem donos da rua, e não são", afirmou Amorim.
Por outro lado, a Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que os deputados Rodrigo Amorim e Alan Lopes tentaram dificultar o trabalho dos funcionários da Seop "por meio de intimidação".
A imprensa entrou em contato com a assessoria do deputado Alan Lopes, mas não obteve resposta.
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