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VÍDEO! Cotado ao Senado, Carlos Bolsonaro é vaiado em shopping de Santa Catarina

No próximo ano, Carlos pretende disputar uma vaga no Senado Federal por Santa Catarina, mesmo sem ter qualquer vínculo político ou histórico com o Estado.

Vereador Carlos Bolsonaro é cotado para concorrer ao Senado em Santa Catarina. | Foto: Reprodução/DCM
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O vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),  Carlos Bolsonaro (PL-RJ), foi alvo de vaias enquanto passeava em um shopping da  Grande Florianópolis, no início da tarde deste domingo (24). Um vídeo do episódio circula nas redes sociais.

Plano eleitoral do clã

No próximo ano, Carlos pretende disputar uma vaga no Senado Federal por Santa Catarina, mesmo sem ter qualquer vínculo político ou histórico com o Estado. A iniciativa faz parte da estratégia da família Bolsonaro de aproveitar a expressiva votação obtida por Jair Bolsonaro em SC para ampliar sua base de apoio no Congresso.

Essa não seria a primeira vez que o ex-presidente aposta em candidaturas de fora. Em 2022, lançou o carioca Jorge Seif Jr., que acabou eleito senador, e em 2024 impulsionou o filho Jair Renan para a Câmara Municipal de Balneário Camboriú, já mirando um futuro mandato de deputado federal.

Resistência local

A possível candidatura de Carlos, no entanto, enfrenta resistência em Santa Catarina. A Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) divulgou nota afirmando que o Estado não precisa “importar políticos” e que os representantes no Senado devem ter conexão com a realidade catarinense.

“Santa Catarina tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso Nacional. (…) A voz do Estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses – e não por imposições externas”, destacou a entidade.

Mal-estar no PL

A movimentação também gerou incômodo dentro do PL catarinense, que já articulava nomes como as deputadas federais Carolina de Toni e Júlia Zanatta para disputar a vaga no Senado. Integrantes da direção estadual admitem reservadamente que a escolha de Carlos tem sido tratada como uma imposição direta de Jair Bolsonaro, criando “mal-estar generalizado” na sigla. Publicamente, no entanto, dirigentes evitam confrontar o ex-presidente.

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