O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a continuidade do processo de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), com 10 votos a favor e 2 contrários. O processo foi aberto após uma ação do partido Novo, que acusa o parlamentar de agredir fisicamente um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) em abril. A acusação se baseia na violação de normas de decoro parlamentar, e a legenda pede a cassação do mandato de Glauber. Agora, o deputado tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa escrita.
Após a entrega da defesa, haverá um período de 40 dias úteis para coleta de provas e depoimentos, antes que o relator do caso apresente seu parecer final, que será votado pelo Conselho. Caso antecipadamente, o processo ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, eventualmente, pelo plenário da Câmara. Glauber afirmou em nota que “não se arrepende do que fez” e alegou que foi provocado por integrante do MBL, classificando o processo como uma “perseguição política” promovida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
tensão e troca de ofensas
A sessão no Conselho de Ética foi marcada por tensão e troca de ofensas entre parlamentares. Kim Kataguiri (União-SP), coordenador do MBL, criticou o comportamento de Glauber, afirmando que ele apenas "tumultua e xinga" nas discussões políticas. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) defendeu Glauber, argumentando que ele disputa ideias de forma intensa, mas isso não justifica a aplicação de avaliações tão severas, como a cassação.
O caso ganhou destaque pela troca de acusações entre Glauber Braga e Arthur Lira. Glauber chamou Lira de "bandido" e o relator Paulo Magalhães de "mentiroso", gerando um bate-boca durante a sessão. Magalhães negou as acusações, e a discussão se estendeu entre os parlamentares, enquanto apoiadores de Glauber gritavam "Fora, Lira!" do lado de fora da sessão.
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