Vereadora é nova aposta de Lula para romper rejeição dos evangélicos

Aava Santiago, que representa a “esquerda evangélica”, destaca que muitos evangélicos se sentem distantes das elites religiosas

Presidente Lula, vereadora Aava Santiago e Janja | Ricardo Stuckert/PR

Desde sua eleição, o presidente Lula (PT) tem se empenhado em estreitar laços com o eleitorado evangélico, utilizando termos como "Deus" e "fé" em seus discursos. Ao orientar os parlamentares do PT a evitar polêmicas em temas como aborto e drogas, ele demonstra uma tentativa de criar um ambiente mais acolhedor. Esse esforço parece estar gerando resultados, com uma recente pesquisa mostrando uma queda na desaprovação do governo entre evangélicos, de 62% para 52%.

Presidente Lula e vereadora Aava Santiago - Foto: Reprodução

"esquerda evangélica"

Recentemente, Lula se reuniu com a vereadora goiana Aava Santiago, que representa a "esquerda evangélica" e critica a abordagem do governo. Aava defende que o diálogo deve ocorrer diretamente com as bases evangélicas, em vez de focar em líderes tradicionais, que, segundo ela, muitas vezes têm interesses empresariais. Ao trazer essa perspectiva, a vereadora se coloca como uma voz alternativa, que busca representar os fiéis que não se sentem ouvidos.

Embora alguns líderes evangélicos, como Silas Malafaia, tenham rebatido as críticas de Aava, sua presença no debate sinaliza uma mudança no cenário político. Aava, que possui uma trajetória marcada por desafios e uma forte conexão com a comunidade, destaca que muitos evangélicos se sentem distantes das elites religiosas. Essa dinâmica pode abrir novas oportunidades para Lula se conectar com um público que busca mais representação e diálogo.

Presidente Lula em círculo de oração com evangélicos - Foto: Reprodução

construção da ponte Lula-evangélicos

A aproximação de Lula com Aava e outros representantes da "esquerda evangélica" pode ser um passo significativo na construção de uma ponte com os mais de 70 milhões de evangélicos do Brasil. Em um momento em que a polarização é evidente, essa estratégia pode ajudar a moldar uma nova narrativa, permitindo que o governo dialogue com um segmento importante da sociedade, que anseia por inclusão e entendimento. O desdobramento dessa relação será fundamental para o futuro político do presidente.

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