Vereadora diz que mãe de Bolsonaro morreu com atraso e pode ser cassada

Processo foi aberto e o caso começa a repercutir na bancada federal, bolsonarista pede moção de repúdio.

Perla Muller (PT) é vereadora em Ribeirão Preto | Agência PT
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Segue causando polêmica as afirmações da vereadora Perla Muller (PT) que no mês passado ao participar de entrevista à Rádio FM Cidade, de Ribeirão Preto (SP), disse que a mãe do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Dona Olinda, morreu com 66 anos de atraso. A declaração motivou na última semana a abertura de uma Comissão Processante instaurada na Câmara Municipal para dispor sobre uma penalidade à parlamentar, que pode, inclusive, culminar na cassação do seu mandato. 

Sobre a ação, Perla divulgou uma nota à imprensa no último dia 09 de maio, onde não sinaliza que não vê amparo legal para que tenha o mandato ceifado. “Sobre o pedido de cassação do meu mandato, declaro que tem por objeto uma simples manifestação de opinião polí­tica, amparada pela imunidade parlamentar que me foi conferida pela população de Ribeirão Preto”, diz a petista na nota.

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“Trata-se de exercício pleno de liberdade de expressão e de crítica, não constituindo, nem de longe, qualquer quebra de decoro parlamentar. Em relação ao procedimento interno da Câmara Municipal, farei mi­nha defesa pelas vias apropria­das e de acordo com a regras legais e regimentais”, complementa. 

A parlamentar havia pedido desculpas pela declaração. “Peço desculpa, de fato, pelo que disse, a esta Casa e a quem se sentiu ofendido. Na nossa vida precisamos tomar cuidado com o que falamos e como nos expressamos”, frisou. 

Na Câmara Federal o caso também repercute, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) protocolou na quarta-feira, 10 de maio, o requerimento de moção de repúdio para vereadora, no texto ele alega quebra de decoro parlamentar

"Destacamos que a tentativa de atingir, desrespeitar e ofender a integridade e pessoa do Presidente da República é abominável e demonstra pouco apreço pela Constituição brasileira e pela democracia. Além disso, tal atitude remete a grave quebra de decoro parlamentar ao se referir à morte da mãe do ex-presidente Jair Bolsonaro, Olinda Bolsonaro", pontuou.

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