Dois outros jovens relataram à polícia terem sido abordados pelo vereador Marcelo Henrique de Mello Alves (PODE), de Nepomuceno (MG), atualmente preso sob suspeita de abusar sexualmente de um adolescente de 15 anos. O parlamentar segue detido no Presídio de Lavras.
🔍 Mais adolescentes buscam a polícia
De acordo com o delegado Bruno Bastos, responsável pelo caso, após a divulgação da prisão, outros adolescentes procuraram a delegacia para relatar situações semelhantes.
Agora com a prisão do vereador, outros adolescentes que foram abordados por ele tomaram a iniciativa de relatar que ele buscava manter relações sexuais com eles. Os depoimentos foram formalizados e vão auxiliar na conclusão do caso.
Bastos ressaltou que, nesses novos relatos, não houve crime, mas as declarações reforçam a investigação.
Nesses casos específicos, não há prática de crime, então não os consideramos vítimas. Mas os depoimentos mostram a propensão do vereador a abordar adolescentes e tentar convencê-los a manter relações sexuais, o que fortalece a investigação.
🚨 Possíveis novas vítimas
O delegado também mencionou a possibilidade de outros menores terem sido vítimas do parlamentar.
Há informações sobre outros adolescentes supostamente abordados pelo vereador. Estamos trabalhando para identificar e formalizar esses relatos no inquérito.
O inquérito policial está em fase final, com todos os envolvidos no caso principal já ouvidos.
🗣️ Vereador alega consentimento
Em depoimento, o vereador admitiu ter tido relações sexuais com o adolescente de 15 anos, mas afirmou que foi consensual. A polícia, no entanto, investiga a possibilidade de crime de violação sexual mediante fraude.
"Ele confessou o ato, mas disse que foi consensual e que o adolescente não demonstrou recusa", declarou Bastos.
O delegado destacou que o parlamentar representa risco à ordem pública, já que seu nome está vinculado a outros crimes na cidade.
📄 Relato do abuso
Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente procurou a vice-diretora de sua escola após o suposto abuso. Ele relatou que o vereador o convidou para ir à sua casa sob um pretexto, mas, ao chegar, teria sido alvo de abuso sem consentimento.
A equipe médica da Santa Casa de Nepomuceno confirmou os sinais de violência sexual. O vereador, porém, negou as acusações à Polícia Militar, dizendo que não recebeu o menor em casa.
📢 Notas oficiais
A Prefeitura de Nepomuceno emitiu uma nota repudiando atos de "pedofilia e estupro de vulnerável", sem citar o vereador nominalmente. Já a Câmara Municipal também se manifestou, condenando crimes contra menores e afirmando confiar nas investigações.
A defesa do parlamentar não se pronunciou até a publicação desta reportagem.