O vereador Paulo Diógenes (PSD) apresentou à Câmara Municipal de Fortaleza (Cmfor) projeto de indicação para que o município crie o “selo arco-íris”, destinado a estabelecimentos que, segundo o texto da matéria, treinem seus funcionários “para um atendimento não-discriminatório e de respeito à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”.
Na justificativa do projeto, o vereador, que é homossexual e tem o costume de trazer matérias sobre o tema à Casa, argumenta que “a criação de um selo arco-íris se configura como uma importante iniciativa que visa estimular os diversos estabelecimentos a contribuir com o combate a qualquer forma de discriminação e a promover respeito à população LGBT”. O parlamentar afirma que, em virtude da falta de incentivos ao treinamento nos estabelecimentos comerciais da cidade, mesmo leis como a 8211/98, que prevê sanções administrativas contra empresas que adotarem conduta homofóbica, tem sido capaz de combater a discriminação.
Em outubro, coluna veiculada no porta da revista Via G, especializada em turismo gay, recomendou Fortaleza como um dos destinos do Nordeste para o público LGBT, ao lado de Salvador e Recife. Não existem dados sobre os valores movimentados por este mercado no Brasil, entretanto, estudo da Travel University divulgado em 2000 apontou que 10% do turismo internacional atendia a minorias sexuais. De acordo com a Riotur, foliões LGBT responderam por R$1,5 bilhão da receita gerada pelo Carnaval carioca de 2014, mais de 30% do total. O gasto do público durante o evento foi 50% maior do que o do turista heterossexual brasileiro e 260% maior que o do estrangeiro.