Vereador que quer derrubar Facebook diz que foi muito ofendido

Motivo seria o projeto de criação do Parque da Galheta, em Florianópolis.

Praia de Florianopólis polêmica que pode tirar Facebook do ar | Reprodução
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O vereador de Florianópolis Dalmo Meneses (PP), candidato à reeleição, foi o autor da ação que culminou na ordem judicial para o bloqueio do Facebook no Brasil por 24 horas. A divulgação da determinação foi feita pelo juiz da 13ª Zona Eleitoral, Luiz Felipe Siegert Schuch, na quinta-feira (9).

De acordo com o candidato, que está no 4º mandato, há um projeto em tramitação na Câmara de Vereadores para a criação do Parque da Galheta e ele teria sugerido a criação de uma comissão especial para análise da criação de parques. A comissão seria formada por representantes da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos (SUSP). "Nesses locais há àreas da Marinha, mas também terrenos de àrea particular, inclusive restaurantes, e não podemos pensar apenas na desapropriação, sem pensar nessas pessoas. Minha inteção não era proibir a criação, mas delimitar, com uma comissão criada para este fim".

Segundo ele, após uma reunião na Câmara para apresentação do projeto, em abril, ele começou a receber e-mails anônimos, com conteúdo ofensivo. "Diziam que era contra a criação do parque, que estaria aliado a empresas e outras ofensas", disse ele.

Meneses afirma que recebeu de 20 a 30 mensagens e não respondeu nenhum e-mail, mas em julho houve a criação da página "Reage Praia Mole" no Facebook, que motivou a ação judicial. "Aí já estavam prejudicando minha imagem, minha candidatura, com todo tipo de ofensas, então procurei um advogado para pedir que a tirassem do ar", afirmou ele, que diz não ter pedido que tirassem a rede social do ar, apenas a página específica. "Isso foi uma decisão judicial, baseada no descumprimento da lei", diz.

A liminar para a retirada do "Reage Praia Mole" foi expedida no dia 26 de julho. Porém, uma segunda página foi criada, com o título "Reage Praia Mole 2". A identidade dos seus criadores corre em segredo de justiça.

Na página, na manhã deste sábado havia uma mensagem, com uma justificativa: "Como já é público e notório, o cenário do canto esquerdo na Praia Mole corre o grave risco de ter a sua linda paisagem descaracterizada por um empreendimento imobiliário turístico/hoteleiro de legitimidade questionável. Os responsáveis por esse projeto, que pretende levar construções para o costão esquerdo da Praia Mole e Parque da Galheta, um dos patrimônios naturais mais belos de Florianópolis, obteram a chamada "viabilidade de construção" junto à administração da atual Prefeitura", traz a mensagem. Já o vereador alega não ter nenhuma ligação com empresas de construção civil.

Segundo informações da Agência Brasil, o Facebook apresentou um pedido de reconsideração da decisão. Ainda de acordo com a Agência, o caso deve ser decidido na próxima segunda-feira (13).

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