O presidente da Câmara Municipal de Santana do Itararé, localizado no norte pioneiro do Paraná, o vereador José Devalmir dos Santos (PDT), foi alvejado por disparos efetuados por policiais militares em meio a um incidente ocorrido em frente à sua residência, onde mora com a família. O ocorrido, que teve como epicentro um desentendimento entre o vereador e seu ex-genro, teve os detalhes divulgados pela Polícia Civil nesta segunda-feira (11), embora tenha ocorrido na sexta-feira (8).
José Devalmir dos Santos, atualmente hospitalizado, será detido assim que receber alta, conforme afirmou o delegado encarregado da investigação. A contenda entre o vereador e o ex-genro foi capturada por duas câmeras de segurança, revelando um grupo de pessoas na via pública quando uma viatura policial se aproxima. Os policiais desembarcam do veículo, instaurando uma perseguição ao vereador, que, segundo a polícia, resultou nos disparos que o atingiram.
O delegado Huarlei Chaves explicou que os agentes ordenaram que o vereador largasse a arma, alegando que a ordem não foi acatada, tornando-se necessária a utilização de disparos. De acordo com o advogado de José Devalmir dos Santos, em comunicado oficial, o vereador agiu em defesa de sua filha, que estava enfrentando ameaças e violência doméstica por parte do ex-genro. A versão da defesa sustenta que o ex-genro usou um capacete para agredir o vereador, que, por sua vez, recorreu à arma para se proteger. Alega-se também que houve um excesso de força policial, uma vez que os policiais abriram fogo imediatamente após desembarcar da viatura.
A assessoria do Legislativo se pronunciou, repudiando a ação dos policiais e informando que está avaliando a situação. José Devalmir dos Santos foi atingido no tórax e no abdômen, sendo inicialmente conduzido ao hospital local em estado grave. Posteriormente, foi transferido para um hospital em Jacarezinho, onde passou por uma cirurgia e, segundo relatos, encontra-se em recuperação. Após sua alta hospitalar, o vereador será encaminhado à delegacia. O delegado responsável esclareceu que a prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e por vias de fato foi convertida em prisão preventiva pelo Judiciário, e a situação será aprofundada nas investigações em curso.