Um episódio de violência extrema marcou o domingo (21) em Pedra do Indaiá. O ex-vereador Reveter Rainer da Silva e o irmão dele, Alife Silva, atacaram com um martelo e um taco de beisebol o jovem Cristiano Francisco Oliveira, de 28 anos, dentro de um supermercado da cidade.
Ataque registrado por câmeras
As imagens do sistema de segurança mostram o momento em que Cristiano tenta escapar, mas acaba encurralado e derrubado com diversos golpes. Mesmo caído, ele continua sendo agredido e depois é arrastado para fora do mercado. Somente a intervenção dos donos do estabelecimento evitou que a cena tivesse consequências ainda mais trágicas.
Vítima em estado grave
Cristiano recebeu atendimento emergencial no Pronto-Socorro Municipal, mas foi transferido para Santo Antônio do Monte devido à gravidade das lesões. Segundo os médicos, ele apresenta suspeita de múltiplas fraturas e traumatismo craniano, sobretudo por causa dos golpes de martelo. Seu quadro clínico segue sendo considerado grave.
Foragidos e investigação em andamento
Após o crime, os irmãos fugiram e até o fechamento desta reportagem permaneciam foragidos. A Polícia Militar fez buscas na região, enquanto a Polícia Civil abriu inquérito e classificou o caso como tentativa de homicídio qualificado. As imagens já foram anexadas ao processo, e testemunhas estão sendo ouvidas.
Histórico de polêmicas
O nome de Reveter não é novidade em situações de escândalo. Em 2022, ele divulgou um vídeo com declarações homofóbicas e racistas, o que provocou protestos em frente à Câmara Municipal. Na época, grupos de mulheres também foram às ruas contra suas falas.
Além disso, em transmissões ao vivo, o ex-vereador afirmou que as conquistas femininas “foram dadas” e não fruto de mérito, comentários considerados misóginos que resultaram em moções de censura no Legislativo. A rejeição popular a seu mandato se intensificou desde então.
Indignação popular
A violência do último domingo gerou revolta entre os moradores. Muitos lembraram dos episódios anteriores protagonizados pelo ex-parlamentar e cobraram uma resposta imediata das autoridades. Nas redes sociais, multiplicam-se pedidos de justiça e manifestações de solidariedade à vítima.
Próximos passos
A Polícia Civil não descarta que o ataque tenha sido premeditado, mas ainda apura os motivos. O desfecho das investigações deve indicar se havia relação anterior entre os envolvidos.