Vereador ameaça 'arrancar o pescoço' do colega em briga por assento na Câmara

O embate entre os vereadores José Carlos Pinto, o Pico (MDB), e Calo Loko (PL) trouxe tensão ao legislativo municipal e gerou grande repercussão.

Vereadores em Santa Catarina protagonizam briga quente por cadeira na Câmara. | REPRODUÇÃO
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A Câmara de Vereadores de Balneário Rincão, em Santa Catarina, tornou-se palco de uma disputa inusitada que desviou o foco de projetos e iniciativas para a cidade: uma briga por uma cadeira. O embate entre os vereadores José Carlos Pinto, o Pico (MDB), e Calo Loko (PL) trouxe tensão ao legislativo municipal e gerou grande repercussão.

Como tudo começou

De acordo com Calo Loko, o problema teve início de forma despretensiosa. 

“Eu pedi ao presidente se poderia sentar na cadeira que era do Ayrton. Não achei que fosse causar esse auê todo”, afirmou. No entanto, o pedido incomodou Pico, que reagiu de maneira agressiva, inclusive enviando áudios ameaçadores. Em um deles, chegou a declarar que “arrancaria o pescoço” do colega parlamentar.

Calo Loko também questionou a imparcialidade na decisão. 

“Se fosse eu que tivesse falado o que ele falou, não iam deixar barato. Parece que tem gente protegida por aqui”, alfinetou.

Pico defende sua posição

Por sua vez, Pico reconheceu que exagerou em sua reação, mas justificou sua atitude como uma defesa de sua história no legislativo. 

“Peço desculpas à sociedade pelos palavrões, mas eu estava defendendo minha história. São 12 anos naquela cadeira! Desde a emancipação do município, acompanhei todas as leis e decisões. Lutaria de novo, porque não é uma cadeira, é a minha história”, declarou.

Ele também afirmou que a situação foi mal interpretada. 

“As pessoas ouviram só o que ele divulgou. Tenho áudios que mostram a verdade, mas preferi não expor”, completou.

Presidente manifesta constrangimento

O presidente da Câmara, Fernando Casagrande (MDB), decidiu em favor de Pico e destacou que o caso está encerrado. “Fico envergonhado com essa discussão. A decisão foi tomada e está resolvida. A cadeira é do Pico”, disse em entrevista à Rádio Cidade. Apesar disso, o desdobramento do caso gerou desconforto entre os parlamentares e moradores.

Próximos passos na Câmara

Embora a decisão tenha sido oficializada, Calo Loko afirmou que o caso ainda não chegou ao fim. “Nada foi resolvido comigo. Fiquei sabendo pela imprensa. A Câmara precisa ser mais transparente”, criticou.

A sessão extraordinária marcada para esta quarta-feira (22) promete novos desdobramentos dessa história.

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