No início da noite desta quarta-feira (2), a Câmara dos Deputados barrou a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer. Nos últimos 12 meses, diante de diferentes cenários políticos, os parlamentares também tiveram que se posicionar sobre o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, a mudança no teto dos gastos, conhecida como PEC 241, e a reforma trabalhista.
A votação que permitiu o prosseguimento do impeachment de Dilma ocorreu em 23 de abril de 2016. Na ocasião, 367 deputados votaram a favor da continuidade do processo, 137 votaram contra, e sete se abstiveram.
Em outubro, quando o governo Temer ainda tinha uma boa base de apoio no Congresso, o plenário aprovou o texto-base da PEC que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Por ser uma emenda à Constituição, precisou passar por duas votações na Câmara.
No primeiro turno, em 10 de outubro, 366 deputados votaram a favor, 111 votaram contra, e dois se abstiveram. No segundo turno, em 25 de outubro, o texto foi aprovado por 359 votos a 116 (com 2 abstenções) e seguiu para o Senado.
Já a reforma trabalhista, uma das bandeiras do governo Temer, foi votada pelos deputados em 26 de abril deste ano, no mês anterior à divulgação das delações da JBS, que desencadearam a crise no Planalto. O texto foi aprovado por 296 votos a favor e 177 contrários. Para passar pela Câmara, eram necessários pelo menos 257 votos favoráveis.
Diante da pior crise de seu governo, com a base estremecida e baixa aprovação popular, Temer teve que lançar mão de estratégias para conquistar os votos que barraram a denúncia na votação desta quarta, que teve 263 votos contra a denúncia, 227 a favor e 2 abstenções.
Veja na tabela abaixo como votaram os deputados em cada uma dessas ocasiões. Alguns parlamentares não participaram de todas as votações.