Valdemar suspende salários de Braga Netto e ex-assessor de Bolsonaro no PL

Essa medida foi tomada após os três serem alvos de uma operação da Polícia Federal, que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado

Valdemar suspende salários de Braga Netto e ex-assessor de Bolsonaro no PL | Valter Campanato/Agência Brasil
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), decidiu suspender os salários do general Braga Netto, atual Secretário Nacional de Relações Institucionais do PL, e do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As suspensões das remunerações foram oficializadas pelo PL, com Valdemar proibido de manter comunicação com Braga Netto e Câmara.

Essa medida foi tomada após os três serem alvos de uma operação da Polícia Federal, que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro na Presidência. De acordo com as prestações de contas de 2023 do partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Braga Netto recebeu pagamentos que totalizam R$ 337.831,12.

O trabalho do general é descrito pelo partido como "serviços técnico-profissionais". O PL fez um depósito de R$ 24.834,47 em janeiro a Braga Netto, outro de 24.767,45 em fevereiro, além de mais 10 pagamentos no valor de 28.810,44 entre março de dezembro. Houve ainda um reembolso de 23.517,96 de aluguéis de imóveis que teriam sido pagos pelo militar.

O ex-assessor de Bolsonaro recebeu pagamentos que somam R$ 55.546,56. Marcelo Câmara recebeu três depósitos de R$ 18.515,52 entre outubro e dezembro. A descrição do trabalho dele é a mesma de Braga Netto.

PF MIROU GRUPO QUE TENTOU DAR GOLPE

A operação teve como alvos Bolsonaro, ex-ministros e aliados dele. O ex-presidente foi obrigado a entregar seu passaporte em uma força-tarefa que saiu às ruas para cumprir mandados contra um grupo que teria planejado um golpe após as eleições que deram vitória a Lula.

Os agentes foram até a casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega. Esse prazo foi cumprido pelos advogados do ex-presidente, que o entregaram na sede do PL, em Brasília.

(Com informações da Folha Press - Caíque Alencar)

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES