Usar cota para pagar passagens a família é normal, diz candidato

Durante a caminhada na zona norte, Russomanno argumentou que beneficiou a família.

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O candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) disse nesta segunda-feira (13) que estava dentro da lei quando usou, em 2007 e 2008, verba de sua cota parlamentar de deputado federal para comprar passagens aéreas para seus familiares.

O jornal "O Estado de S. Paulo" noticiou nesta segunda que Russomanno usou o dinheiro para pagar passagens para a filha e para a mulher.

O nome do candidato aparece em lista, divulgada em 2009 pelo site "Congresso em Foco", de 261 deputados que usaram a verba pública para enviar terceiros para o exterior. O caso, que ficou conhecido como "farra das passagens", levou o Congresso a restringir as regras de uso dessa verba.

Durante a caminhada na zona norte, Russomanno argumentou que beneficiou a família "na época em que o parlamentar era dono das passagens". Disse ainda que muitas vezes deixava de usar voos para si próprio porque ia de carro para Brasília.

"Várias vezes fui e voltei de carro porque eu gosto de dirigir. O crédito que sobrava para mim eu usei para minha família, o que era normal e não era proibido. Quando não pôde mais, eu não usei", afirmou.

O candidato descartou que o eleitor possa ver a conduta como imoral ou uma mistura de interesse público com o privado. Ressaltou também que, durante seu período como deputado, devolveu aos cofres públicos R$ 727 mil em verba de gabinete. "Eu tive uma conduta decente."

"Se eu guardei meus créditos e não usei, eu posso usar do jeito que eu quiser. Se eu não voei, o crédito é meu. Eu posso usar do jeito que eu quiser, perfeitamente legal", afirmou.

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