O candidato José Serra (PSDB), em nota, contesta parte dos pontos levantados pelas auditorias realizadas no TCE na gestão do tucano no governo de SP.
Serra contesta trechos do relatório do TCE apresentados pela reportagem diz que são "irrelevantes" dentro do conjunto do relatório, de cerca de 700 páginas, que serve de subsídio para o voto do conselheiro responsável pelo julgamento das contas do ex-governador.
A nota afirma que "os trechos citados não são reprovações, tampouco ressalvas. São observações iniciais de auditores, totalmente esclarecidas pelo governo, tanto que as contas foram aprovadas pelo TCE".
Em um dos pontos contestados, na área da saúde, o presidenciável afirma que descumprimentos de metas referem-se a apenas 3 de 80 hospitais da rede estadual pública.
Em relação ao descumprimento, segundo o TCE, da aplicação de valor mínimo legal para a distribuição de medicamentos, afirma que "não é verdade". Diz que o governo aplica mais do que determina as normas federal e estadual.
A afirmação dos técnicos do TCE, de que parte dos medicamentos são adquiridos por valor mais caro do que o pago por outras instituições, também foi contestada, ao dizer que a auditoria faz "apenas recomendações para a manutenção dos preços em padrões praticados por outras instituições públicas e privadas".
Na área de habitação, diz que a política habitacional do governo prevê acesso a equipamentos sociais, apesar de alguns deles, como postos de saúde e escolas, dependerem, também, de ações das prefeituras.
Em relação aos demais itens levantados por técnicos do TCE e reproduzidos pela Folha, o candidato não fez comentários.
ATAQUES AO JORNAL
Na nota, a assessoria do candidato, informada do teor geral da reportagem, acusa a Folha de "desinformar o leitor" e "apostar na máxima petista de pregar que todos são iguais e cometem os mesmos equívocos na ação governamental".