O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, foi escolhido pelo presidente Donald Trump para liderar as negociações sobre o tarifaço contra o Brasil, anunciou a Casa Branca nesta segunda-feira (6). Caberá a Rubio coordenar as conversas com a equipe do governo brasileiro nas próximas semanas.
Mais cedo, Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversaram por telefone por cerca de 30 minutos. O diálogo se concentrou em questões econômicas — especialmente nas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.
Segundo o Itamaraty, Lula pediu que Trump revogasse a sobretaxa de 40% recentemente imposta a produtos brasileiros, além de outras restrições aplicadas a membros do governo. Caso o pedido seja aceito, os produtos do Brasil continuariam sendo taxados em 10%, percentual semelhante ao cobrado de outros países.
Pelo lado brasileiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin será o responsável por coordenar as ações do governo, junto ao chanceler Mauro Vieira e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Do lado americano, Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para conduzir as negociações. Rubio, que hoje chefia a diplomacia dos EUA — cargo equivalente ao de ministro das Relações Exteriores no Brasil —, tem origem cubana e é conhecido por seu interesse nas políticas latino-americanas e por posições conservadoras.
QUEM É MARCO RUBIO
Marco Rubio nasceu em Miami, em 1971, e é filho de imigrantes cubanos. O pai dele trabalhava como barman, e a mãe dividia o tempo entre o trabalho de camareira de hotel e as tarefas de casa.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, “Rubio se interessou pelo serviço público em grande parte por conversas com seu avô, que testemunhou como o comunismo destruiu sua terra natal”.
Formou-se em Ciências Políticas pela Universidade da Flórida, em 1993. Na carreira pública, atuou como presidente da Câmara dos Representantes do mesmo estado. Em 2010, conquistou uma cadeira no Senado dos EUA, onde permaneceu até 2025.
Sua candidatura ao Senado foi impulsionada pelo Tea Party, ala de extrema direita do Partido Republicano que ganhou força após a eleição de Barack Obama à presidência. Rubio integrou frentes importantes do Senado, como o Comitê de Relações Exteriores, o Comitê de Inteligência e o Comitê de Pequenas Empresas e Empreendedorismo.