Exclusivo Trump, Maduro, economia e acidente em casa: Lula fala sobre tudo na TV Meio

A conversa, exibida neste domingo (10) foi conduzida pelos apresentadores Jorge Kajuru e Leila do Vôlei.

Lula no PODKLoiberados | Reprodução/PODKLiberados
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Em entrevista ao podcast PodkLiberadosdo grupo Meio de Comunicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou sua visão sobre o legado que deseja deixar ao Brasil, além de comentar sobre a economia, o mercado financeiro e questões internacionais. A conversa foi conduzida pelos apresentadores Jorge Kajuru e Leila do Vôlei neste domingo.

LEGADO QUE QUER DEIXAR

Lula afirmou que o principal legado que deseja deixar ao país é a recuperação da autoestima do povo brasileiro e a construção de um Brasil mais próspero e justo. Ele destacou a importância de distribuir a riqueza gerada pela economia para todos os brasileiros e não concentrá-la nas mãos de poucos. "Quando o dinheiro circula, as pessoas consomem mais, viajam, vão ao restaurante, compram carne... é assim que a economia cresce", disse o presidente.

Ele também ressaltou que o Brasil precisa de uma sociedade mais inclusiva, com empregos de qualidade e salários justos. “Quero um Brasil onde o povo tenha dignidade, com acesso à educação, trabalho e lazer”, declarou, mencionando os avanços na economia, como o aumento do salário mínimo e a recuperação da massa salarial. Lula se mostrou otimista com o futuro, destacando que, com o apoio da população, o país superará desafios e alcançará prosperidade.

RELAÇÃO COM TRUMP

O presidente disse não conhecer Trump pessoalmente, mas que torce para que a relação seja de civilidade entre as nações.

"Olha, eu não vou pensar o que pode acontecer de pior com eleição de um presidente de um outro país, eu não conheço pessoalmente Trump. Eu conheço Trump de ouvi dizer, de ler matéria dele, de ver ele na televisão. Mas eu espero que a convivência seja a convivência civilizada, que eu já tive Bush que era do Partido Republicano, que eu já tive com o Obama, que eu já tive com o Biden". 

MERCADO E O CORTE DE GASTOS

Durante a entrevista, Lula foi questionado sobre a pressão do mercado financeiro e do Congresso para implementar cortes de gastos. O presidente reconheceu a importância do debate sobre a economia, mas criticou a postura especulativa de alguns setores. "O mercado muitas vezes age com hipocrisia, criando confusão na cabeça da sociedade. Nós estamos discutindo a melhor forma de garantir o crescimento econômico sem prejudicar os mais pobres", explicou.

Ele também se posicionou sobre a relação entre o governo e o mercado, dizendo que não se deixa levar por pressões e que acredita no potencial de crescimento do Brasil, mesmo diante das críticas de alguns analistas econômicos. "Eu já venci o mercado antes e vou vencer de novo", afirmou com confiança.

NÃO ENTRA CELULAR NO GABINETE

Em um momento mais pessoal da entrevista, o presidente revelou sua postura em relação ao uso de celulares, afirmando que evita o uso excessivo e a dependência digital. "No meu gabinete não entra. Não sei o que ode estar fazendo, pode estrar me gravando, me filmando. Eu vejo as pessoas com três celulares, mexendo o tempo todo. Acho que isso é uma dependência", declarou, explicando que prefere conversar em ambientes controlados, como na televisão ou em entrevistas, e evita conversas privadas por celular.

ACIDENTE DOMÉSTICO

Lula também falou sobre sua recente queda em casa, que o levou a ser atendido no hospital Sírio-Libanês. "Eu achei que tinha rachado o cérebro, foi um susto, mas estou me recuperando bem", contou. Ele revelou que, após o incidente, está fazendo exames periódicos e foi aconselhado pelos médicos a não viajar por enquanto. "Estou fazendo retornos para garantir que estou 100% recuperado", disse o presidente.

MADURO E VENEZUELA

Sobre a situação na Venezuela, Lula comentou o acompanhamento do processo eleitoral no país vizinho, afirmando que o Brasil não pode interferir nas decisões internas da Venezuela, assim como espera que outros países respeitem a soberania brasileira. "Eu cuido do Brasil, e o Maduro cuida da Venezuela", resumiu.

COP 30 NO BRASIL

Lula também destacou a importância do Brasil no cenário global da mudança climática, especialmente com a realização da COP 30 em Belém, no próximo ano. O presidente falou sobre o compromisso do Brasil com a transição energética, ressaltando que o país tem grande potencial para se tornar uma referência em energias renováveis, como solar, eólica e biomassa. 

"O Brasil tem 90% de sua matriz energética limpa. O mundo só tem 15%. Nós podemos ser exemplo para o mundo", disse. “O mundo precisa ouvir a Amazônia, precisamos de governança global para enfrentar a crise climática. A dívida histórica dos países industrializados precisa ser paga", completou, enfatizando que o Brasil está comprometido com a preservação de sua floresta, mas também com o desenvolvimento sustentável.

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