O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (18) uma ordem executiva que recomenda o afrouxamento das regras federais sobre a maconha.
O documento orienta o procurador-geral a acelerar o processo de reclassificação da substância, o que pode transferi-la para uma categoria considerada menos perigosa, semelhante à de analgésicos amplamente utilizados. Atualmente, a maconha está enquadrada na mesma classificação federal que drogas como heroína e ecstasy, consideradas de alto potencial de abuso e sem uso médico aceito. A eventual mudança pode alterar esse status.
Segundo autoridades, a iniciativa tem como objetivo ampliar as pesquisas científicas sobre a droga e seus derivados, permitindo avaliar melhor os riscos e possíveis aplicações terapêuticas.
A proposta é considerada uma das mudanças federais mais significativas sobre o tema em décadas. O impacto pode alcançar a indústria da maconha, reduzir punições criminais, ampliar investimentos em pesquisa e facilitar o acesso de empresas do setor a bancos e investidores.
Apesar disso, o uso recreativo da maconha seguirá proibido em nível federal, com as regras continuando a variar conforme a legislação de cada estado. A maconha é a droga ilícita mais consumida nos Estados Unidos e no mundo. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), quase um em cada cinco americanos utiliza a substância ao menos uma vez por ano.
Ao longo dos anos, milhões de pessoas foram presas por posse de maconha, enquanto empresas listadas em bolsa já comercializam produtos ligados ao setor.
Agora, cabe à Agência de Fiscalização de Drogas (DEA) revisar a recomendação e decidir sobre a inclusão da maconha em uma categoria menos rígida da lista de substâncias controladas.