Nesta terça-feira (10), o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, defendeu-se perante a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) das acusações de omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas. Torres afirmou que não houve omissão de sua parte, mas sim uma falha no protocolo de segurança.
Apontar é difícil, mas vejo que houve falha muito grave no cumprimento do protocolo. Esse Protocolo de Ações Integradas é considerado gravoso porque impacta muito a vida do brasiliense. É uma coisa que a gente faz em poucos casos. Houve uma falha grave no cumprimento desse protocolo. Fui surpreendido por isso no domingo, afirmou.
Liguei diversas vezes para o comandante da PM, pergunto porque houve a falha, liguei para o governador, para o procurador de Justiça do DF. Fiquei desesperado. Do jeito que eu deixei o DF, era impensável que acontecesse o que aconteceu. Houve uma falha grave, prosseguiu.
Na época dos ataques de 8 de janeiro, Anderson Torres atuava como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele foi o quarto dos oito réus do "núcleo crucial" a depor nesta terça-feira. As audiências começaram na segunda, com os depoimentos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator, e Alexandre Ramagem, ex-presidente da Abin.