Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, nesta sexta-feira (18), o titular da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre a aprovação da Medida Provisória que cria o programa Mais Médicos. Para ele, a MP, que segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff, na próxima semana, vai agilizar o começo do trabalho para os profissionais, e ajudar o governo federal a cumprir a demanda de 12 mil médicos para os municípios até março de 2014.
?Agora que conseguimos aprovar na Câmara e no Senado que o registro seja feito pelo Ministério da Saúde, um dos empecilhos que nós estamos tendo para começar o atendimento para esses médicos, que às vezes é o atraso da emissão do registro pelos CRMs, está superado. Ou seja, o ministério vai poder pegar a documentação desse médico, emitir o registro, e caberá ao CRM fazer o processo de fiscalização. Isso vai fazer com que o atendimento comece ainda mais rápido. Todos os municípios que pediram médicos do Mais Médicos serão contemplados?, afirmou.
Padilha ainda fez uma avaliação dos resultados obtidos durante o primeiro mês do Mais Médicos. Cerca de 3,6 milhões de brasileiros receberam atendimento, e 360 mil consultas médicas foram realizadas pelos profissionais do programa, o que, segundo ele, mostra que o que estava faltando era exatamente um médico nas unidades. Além disso, o ministro lembrou que este é apenas o primeiro passo num conjunto de mudanças para melhorar a saúde pública no país.
?O Mais Médicos também coloca a disposição a todos os municípios brasileiros recursos para reformar, ampliar e equipar as unidades de saúde. Nós vamos acompanhar as cidades que estão recebendo os médicos para saber quais são as dificuldades, o que está faltando, o que pode ser aprimorado. Até para ver qual a estrutura que precisa melhorar e quais os medicamentos que precisam existir, a figura e a presença do médico na unidade é decisiva?, ressaltou Padilha.
Além do Mais Médicos, o ministro comentou também sobre as medidas de fortalecimento das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, responsável pela maioria das internações do Sistema Único de Saúde (51%). Ele citou uma lei sancionada nesta quarta-feira (16) que facilita o certificado de funcionamento, além da criação de planos de apoio financeiro para que dividas sejam quitadas e do aumento de 26% para 50% do incentivo pago aos serviços prestados por estas instituições.