Entre os três critérios para a escolha do candidato que representará a base aliada na disputa pelo comando do Palácio de Karnak, apenas um é considerado decisivo ? a aglutinação dos partidos ? e na reta final das definições sucessórias ele aponta para a indicação do vice-governador Wilson Martins (PSB). Além dos partidos ligados naturalmente ao PSB, como o PDT, na reunião que acontece hoje na residência oficial do governador Wellington Dias, siglas como o PR já admitem estar ao lado do vice-governador nas eleições de outubro.
Os outros critérios, maior índice de intenção de votos e continuidade do projeto, são questionados por partidos como o PT e o PSB, que mesmo não liderando nas pesquisas apostam que a rejeição e a possibilidade de um crescimento a longo prazo também devem ser levadas em consideração. O presidente regional do PR, o deputado estadual Xavier Neto, afirmou ao Jornal Meio-Norte que ?não foi comunicado oficialmente? da reunião na casa do governador.
Apesar disso, ele confessa que a legenda marchará com Martins caso o secretário estadual de Educação, Antônio José Medeiros, não seja o escolhido. Sem registrar tendência de crescimento nas pesquisas e com o mau-estar criado por declarações de membros radicais da sigla, o apoio que antes era do PT, como é o caso do PC do B, migrou para o PSB. O vereador de Teresina Pastor Levino ressaltou que o PRB ?não veta nenhum nome? e que ?o vice-governador é um bom nome?. ?O entendimento do partido é ficar com quem aglutina a base?, justificou.
Com o apoio ao PSB dado como certo, o presidente regional do PDT, o deputado estadual Flávio Nogueira, declarou que o partido já está ?comprometido?. Questionado se esse compromisso seria com Wilson Martins, Flávio esquivou-se e pontuou que, ?em repeito aos outros partidos?, preferia comunicar a decisão tomada apenas no encontro com as demais siglas.
O presidente do PMN, Francisco Macedo, e o vice-presidente do PRP, Laércio Borges, garantiram que os partidos deverão manter a mesma orientação de Dias. A tendência do PRTB, presidido pelo empresário João Claudino, pai do senador e pré-candidato pelo PTB, João Vicente Claudino, é seguir com o senador, dentro ou fora da base. A mesma posição é tomada pelo PP, cuja permanência do lado governista é condicionada à acomodação do PTB como cabeça de chapa. (S.B.)