Ao contr?rio do que afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, neste s?bado (29), em Curitiba (PR), o ac?rd?o 230/2006, do TCU (Tribunal de Contas da Uni?o), n?o pedia que o registro eletr?nico das despesas com cart?es de cr?dito corporativos colhesse informa?es retroativas ao per?odo FHC, informa o colunista Josias de Souza.
O documento do TCU foi mencionado pela ministra. Durante entrevista a jornalistas, Dilma Rousseff reafirmou que a secret?ria-executiva de seu minist?rio, Erenice Alves Guerra, n?o organizou um dossi? mas sim um banco de dados, chamado Suprim (Sistema de Controle de Suprimento de Fundos).
O sistema, que registra os gastos realizados com cart?es corporativos e com verbas para suprimento de pequenas despesas da presid?ncia da Rep?blica, come?ou a ser alimentado em 2005, de acordo com a ministra, por recomenda??o do TCU. Rousseff disse que no ano seguinte, por meio do ac?rd?o 230, o tribunal teria pedido que os dados registrados no Suprim fossem retroativos a 2002.
O ac?rd?o tem data de fevereiro de 2006 e apresenta o resultado de auditoria feita nos cart?es de cr?dito da presid?ncia da Rep?blica desde que come?aram a ser usados, em setembro de 2002 ainda no governo FHC at? julho de 2005.
N?o h? no documento men??o ao levantamento de dados retroativos ? gest?o FHC. "A alimenta??o do sistema ? descentralizada, iniciando-se pelo pr?prio portador do cart?o e complementado com informa?es espec?ficas pelos setores competentes da Secretaria de Administra??o" da Casa Civil. ? mencionada coleta retroativa de dados, mas ao primeiro ano da gest?o Lula.
"Relativamente a 2003, os processos estavam sendo primeiramente desmembrados por portador, para que, ent?o, pudessem ser lan?ados segundo o padr?o adotado pelo sistema", informa o relat?rio do TCU.
Tanto a cria??o do Suprim quanto o levantamento de dados relativos ? ?poca da administra??o FHC teriam sido deliberados pela Casa Civil.