A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta segunda (6) e terça-feira (7) a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete acusados de integrarem o chamado núcleo 4 da tentativa de golpe que buscava manter ilegalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Conforme a PGR, esse grupo coordenou uma operação estratégica de desinformação, com ataques ao sistema de urnas eletrônicas, disseminação de notícias falsas e tentativa de pressionar as Forças Armadas a aderirem ao plano golpista.
Os investigados também são acusados de utilizar indevidamente a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins ilegais. Segundo a acusação, as ações tinham como objetivo provocar instabilidade social e atacar instituições e autoridades que representassem ameaça aos interesses do grupo.
Os acusados
O grupo é formado principalmente por militares da reserva ou da ativa, além de um agente da Polícia Federal e um engenheiro. Foram denunciados:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva;
- Ângelo Martins Denicoli, major da reserva;
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
- Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-integrante da Abin;
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército.
Crimes apontados pela PGR
A Procuradoria-Geral da República atribui aos sete acusados os seguintes crimes:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Tentativa de golpe de Estado
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra patrimônio da União
- Destruição de patrimônio tombado