Parte das verbas liberadas pelo ex-governador nos últimos 40 dias serão suspensas
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), empossada ontem pela manhã, conseguiu mais uma vitória na Justiça antes que o dia acabasse. Às 21h de sexta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício, Cezar Peluso, concedeu uma liminar que cancelou todos os convênios firmados pelo governo Jackson Lago (PDT) desde o dia 4 de março. Lago é acusado de proporcionar, a partir desta data, dia de sua primeira derrota no Tribunal Superior Eleitoral, uma gastança no estado para realização de obras, abertura de linhas de crédito com prefeitos aliados e aumento para servidores públicos. Tudo, acusam fontes ligadas a Roseana, sem previsão orçamentária - utilizando o superávit obtido pelo estado em 2008. O rombo nos cofres do Maranhão pode atingir R$ 1,2 bilhão.
Roseana pretende realizar uma auditoria em todas as contas do ex-governador Jackson Lago. Cassado por abuso de poder político pelo TSE, o ex-governador permanece no Palácio dos Leões - com seus correligionários - em protesto contra as seguidas vitórias de Roseana na Justiça. Mais cedo, Lago afirmou com exclusividade ao repórter Ricardo Amaral de ÉPOCA: "Só saio daqui à força. Vamos resistir para que o Brasil tome conhecimento da violência cometida contra um governo eleito pelo povo, contra a vontade da oligarquia Sarney", disse.
Segunda colocada nas eleições de 2006, Roseana foi declarada a nova governadora pelo TSE por conta das fraudes eleitorais da chapa Jackson Lago apontadas no processo. Apesar dos protestos de Lago, já não há mais base legal para a permanência dele na sede do governo. O TSE aplicou pela quarta vez, desde 1999, o entendimento de que o segundo colocado deve assumir no lugar do governador cassado