Todos os 750 soldados que o Exército irá ceder para a operação de combate ao mosquito Aedes aegypti no estado deverão estar nas ruas até a próxima sexta-feira (11). A informação foi repassada pelo comandante da operação em Pernambuco, o general Antônio Eudes Lima da Silva, após reunião realizada com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e do governador Paulo Câmara (PSB).
Segundo o militar, todo o estado, dentro da sequência estabelecida na reunião, está sendo atendido de imediato. "Nossas tropas no interior já estão em contato com as respectivas prefeituras para iniciar esse apoio o quanto antes, porque o momento exige isso", enfatizou o general.
Antônio Eudes afirmou que as determinações do Comando do Exército são para que os soldados empreguem todo o apoio necessário solicitado pelo governo. "Nossas ordens são: participar do trabalho de campo com agentes de saúde, sempre com orientação das respectivas secretarias. A população pode esperar um trabalho de qualidade. Iremos agilizar esse processo de esclarecimento à população, com informações adicionais, e mostrando como proceder no que tange à redução do vetor", explicou.
O comandante encerrou, afirmando que a entrada em qualquer residência que porventura esteja fechada, ocorrerá dentro do respaldo legal existente.
A parceria entre governo e Exército foi anunciada na última quarta-feira (2). O número foi definido durante reunião entre o Secretário Estadual de Saúde, José Iran Costa e o Comandante Militar do Nordeste, General Manoel Pafiadache. O inseto é responsável pela transmissão de dengue, chikungunya e zika, vírus relacionado à microcefalia.
Os homens deram início aos trabalhos na última sexta (4), mas antes de iniciar as atividades na rua, a tropa está passando por um treinamento para atuar em parceira com agentes de saúde.
Os soldados irão atuar como agentes de endemias e serão direcionados de acordo com o Centro Integrado de Informações, local que havia sido usado durante a Copa do Mundo e foi reativado para controle do mosquito.
O Centro é monitorado por instituições que também atuam no combate ao Aedes, como o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Secretaria de Defesa Social (SDS), Corpo de Bombeiros, Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) e outras autoridades.
Ao todo, 250 homens irão atuar na Região Metropolitana do Recife (RMR) e 500 serão distribuídos pelo interior do Estado, inicialmente em 19 municípios. De acordo com o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa, 250 soldados já receberam treinamento no início do ano. A meta é que o restante dos soldados também passe por capacitação de, no máximo, dois dias para também iniciar o trabalho. Os treinamentos acontecem nas unidades militares do Recife, Petrolina, São Bento do Una e Garanhuns.
As equipes serão formadas por dois militares e um agente de saúde. Os profissionais irão atuar das 8h às 17h visitando casas em todos os bairros para identificar focos do mosquito, aplicar larvicidas em locais de água parada e orientar a população a respeito dos riscos do Aedes aegypti.