Sócio de hotel critica sistema e defende contratação de Dirceu

Para ele, se mais empresas contratassem, sistema prisional melhoraria.

Dirceu. | Reprodução
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O empresário Paulo Masci de Abreu, sócio do hotel Saint Peter de Brasília ? onde José Dirceu pediu à Justiça para trabalhar ?, defendeu nesta quarta-feira (27) a admissão do ex-ministro sob o argumento de que iniciativas como essa ajudariam a melhorar o sistema prisional.

Nesta semana, o advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Vara de Execução Penal do Distrito Federal pedidos para que o cliente possa trabalhar fora da prisão, já que cumpre pena em regime semiaberto (pelo qual o detento pode trabalhar durante o dia e voltar para a prisão somente para dormir). Segundo o STF, a decisão sobre o pedido será da vara. Condenado no julgamento do mensalão por corrupção ativa e formação de quadrilha, o ex-ministro está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Por meio de nota enviada pela advogada do hotel, Abreu afirmou que, se mais presos fossem contratados por empresas, haveria ?melhoria? de todo o sistema penitenciário.

?Ressalto que, se práticas como esta fossem feitas, com certeza haveria uma melhoria do sistema prisional. A ressocialização do condenado é muito mais eficaz quando exerce uma função laboral do que ser mantido no falido Sistema Prisional fechado?, afirmou Abreu na nota. De acordo com a advogada Rosane Ribeiro, não há outros detentos trabalhando no hotel.

Dirceu começou a cumprir em regime semiaberto a pena referente ao crime de corrupção ativa (7 anos e 11 meses). Em relação à punição por formação de quadrilha (2 anos e 11 meses), ele apresentou recurso que deverá ser julgado somente no ano que vem pelo Supremo Tribunal Federal.

O sócio do Saint Peter afirmou que o ex-ministro ?foi contratado por atender as condições do cargo?. Segundo ele, não houve pedido de ?qualquer pessoa? para que Dirceu fosse contratado.

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