O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acionou a justiça e solicitou explicações da organização Me Too Brasil após a divulgação de denúncias de assédio sexual na quinta-feira (8). A defesa do ministro entrou com uma interpelação judicial pedindo que o Me Too forneça as informações sobre as acusações em até 48 horas. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, identificada como uma das vítimas, ainda não se manifestou publicamente.
Almeida nega as acusações
Almeida nega as acusações e questiona os procedimentos de apuração do Me Too, exigindo detalhes minuciosos sobre as circunstâncias das denúncias. Ele também solicitou à Polícia Federal (PF), à Comissão de Ética da Presidência da República e a outras instituições que investiguem o caso e esclareçam a situação. A CGU e a AGU também convocaram o ministro para prestar esclarecimentos.
A interpelação judicial, uma medida para esclarecer alegações ambíguas, pode resultar em investigação e possíveis condenações. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) deve avaliar o pedido. Almeida também encaminhou ofícios à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que apurem as denúncias.
Em resposta, o Me Too Brasil afirmou que as vítimas receberam acolhimento psicológico e jurídico, e que as denúncias foram divulgadas após dificuldades para obter apoio institucional. A organização destaca a importância das denúncias para responsabilizar agressores e afirma que as vítimas enfrentaram obstáculos devido à posição de poder dos acusados. O ministro, por sua vez, refutou as acusações, chamando-as de infundadas e com o objetivo de prejudicá-lo.
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