O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, está preso em Foz do Iguaçu, no Paraná, desde a noite da última sexta-feira (26). Ele aguarda transferência para Brasília, onde deve permanecer detido na Superintendência da Polícia Federal. No mesmo local também está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
COMO FOI A PRISÃO
Silvinei foi preso na madrugada de sexta-feira no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. Segundo as autoridades, ele tentava embarcar em um voo com escala no Panamá e destino final em El Salvador.
Após a detenção, o ex-diretor foi levado escoltado até a fronteira, em Ciudad del Este, e entrou no Brasil por Foz do Iguaçu, em um comboio de viaturas. Ele estava encapuzado durante o deslocamento.
O QUE DEVE ACONTECER AGORA
Ainda não há confirmação oficial sobre a data da transferência para Brasília. O transporte deve ser feito em uma aeronave da Polícia Federal.
De acordo com informações preliminares, Silvinei teria rompido a tornozeleira eletrônica e seguido de carro de Santa Catarina até o Paraguai. Para tentar embarcar, ele usou o documento de identidade de um cidadão paraguaio que havia registrado a perda do documento.
A Polícia Federal informou que a verdadeira identidade foi confirmada por meio de procedimentos técnicos, como reconhecimento facial, com apoio das autoridades paraguaias, dentro de um acordo de cooperação internacional. Após a confirmação da fraude, ele foi preso e entregue ao Brasil.
Diante dos indícios de tentativa de fuga, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva.
Silvinei Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Como ainda há possibilidade de recurso, ele respondia ao processo em liberdade até a prisão.