No momento em que o Congresso Nacional discute a Legalização dos Jogos de Azar e levando em conta que o jogo já existe e funcionando de forma ilegal, o deputado federal Silas Freire (PR-PI) apresentou na manhã de hoje, uma proposta à Frente parlamentar de Segurança Pública para que apresente uma emenda em que, caso a legalização dos jogos seja aprovada, pelo menos 10 a 20% dos recursos arrecadados sejam destinados para o Fundo Nacional de Segurança Pública.
“Na verdade o jogo já existe no Brasil pois há cassinos e bingos funcionando clandestinamente e servindo apenas para lavar dinheiro e para evasão de divisas e com isso, milhões de reais deixam de ser arrecadados, pois o governo não tem como contabilizar impostos. Se a legalização se for feita, precisa trazer definitivamente um benefício imediato para população. Mas qual é uma das maiores necessidades da população, apontadas por todas as pesquisas de opinião pública e em todas as regiões do Brasil? A segurança pública.”, declarou Silas Freire.
Segunda a proposta de Silas Freire, o Fundo Nacional de Segurança Pública receberá os recursos e repassará para os Estados para o incremento de equipamentos, qualificação e melhoria da remuneração das forças de segurança pública. Silas explica: “ Não há dinheiro carimbado para segurança pública, os estados é que a sustentam com suas receitas, por isso nossas polícias estão falidas e não tem um salário adequado e não existe equipamentos inclusive para se opor ao crime organizado, que se mostra muitas vezes mais equipado do que o Estado.”, destacou
A possível legalização dos jogos de azar gera opiniões diversas, há quem diga que pessoas viciadas em jogos gastarão tudo o que tem e essa será uma porta aberta para lavagem de dinheiro, mas os defensores argumentam que a legalização vai aumentar a arrecadação de impostos, gerar empregos e desenvolver o turismo.
A expectativa é que a legalização dos jogos geraria uma receita de 15 bilhões ao ano para os cofres públicos, desta forma, com a proposta do deputado Silas Freire haverá uma verba de 1,5 a 3 bilhões para as necessidades na área da segurança, que tanto preocupa a população do Brasil. “Esse percentual deve ser obrigatório como a CPMF era para a saúde. A legalização dos jogos pode também trazer prejuízos para a área da segurança da população , então é justo que carimbamos esse percentual em favor do combate à violência”