Siglas aliadas se opoem majoritariamente ao Governo em sessão de vetos

Apesar de comandarem ministérios, MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil deram a maioria de seus votos para derrubar vetos do presidente Lula

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Siglas aliadas se opoem majoritariamente ao Governo em sessão de vetos | Imagem: Reprodução

As siglas aliadas com ministérios se posicionaram majoritariamente contra o governo nas 16 votações durante a sessão do Congresso de vetos realizada em 28 de maio. 

  • ALIANÇAS CONTRADITÓRIAS: Apesar de comandarem ministérios, MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil deram a maioria de seus votos para derrubar vetos do presidente Lula ou para manter o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto que criminalizava as fake news, o que também contrariou o governo.
  • DESEMPENHO DO PSD: O PSD de Gilberto Kassab, que comanda os ministérios de Minas e Energia (Alexandre Silveira), da Agricultura (Carlos Fávaro) e da Pesca (André de Paula), deu 75% de votos contra o governo. Isso demonstra uma dissociação significativa entre o partido e as diretrizes do governo, apesar de sua participação em ministérios importantes.
  • UNIÃO BRASIL E SUA INFLUENCIA: O União Brasil, com a 3ª maior bancada da Câmara (58 deputados), deu 72% de seus votos contra o governo. O partido comanda 2 ministérios: Comunicações (Juscelino Filho) e Turismo (Celso Sabino). Além disso, teve influência na escolha de Waldez Góes para o ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. Este comportamento também reflete uma contradição entre a presença do partido no governo e suas ações legislativas.
  • PT E SEUS ACORDOS: O PT, partido do presidente Lula, deu 28% de votos contrários ao governo. Este percentual pode ser explicado por acordos firmados pela sigla. Em vetos como os da lei orgânica das Polícias Militares e das Polícias Civis, a legenda aceitou votar pela derrubada de alguns trechos do veto em troca da manutenção de outros. 
  • METODOLOGIA DA ANÁLISE : Foram analisados 7.877 votos em 16 votações realizadas na sessão do Congresso iniciada em 28 de maio. Considerou-se a favor do governo todos os votos pela manutenção dos vetos, com exceção do veto 46/2001, de Bolsonaro. No caso desse veto, os votos pela manutenção foram considerados contra o governo.


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