Dois dias depois de a Executiva Nacional do PMDB ter indicado Michel Temer para a Vice-Presidência na chapa de Dilma Rousseff (PT), o pré-candidato do PSDB, José Serra, foi ao Rio Grande do Sul colher o apoio de deputados peemedebistas que não vão trabalhar pela candidatura da petista no Estado. O tucano almoçou nesta quinta-feira (20), em Porto Alegre, com oito integrantes da bancada estadual do partido e mais o deputado federal Osmar Terra.
Depois, Serra disse que a reunião tratou apenas de ideias para o Estado e para o País, mas deixou escapar que recebeu manifestações de simpatia à sua candidatura. "Foram manifestações bastante positivas na hipótese de me apoiarem nessa eleição, mas haverá a instância partidária a ser consultada. Não estou interferindo nisso", afirmou.
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Serra promete força nacional permanente para calamidades"Agora deu empate, mas logo vai desempatar", diz Serra sobre pesquisaApesar das declarações, a visita de Serra ao Rio Grande do Sul causou algum mal-estar tanto no PMDB quanto no PSDB porque foi decidida na última hora, e as lideranças dos dois partidos não foram avisadas. O coordenador da campanha de José Fogaça (PMDB) ao governo estadual, Mendes Ribeiro Júnior, o presidente estadual do PSDB, Cláudio Diaz, e a governadora Yeda Crusius não tinham conhecimento da viagem quando a agenda já havia sido repassada à imprensa.
Houve um arranjo para que Serra incluísse no roteiro a visita ao diretório do PSDB e do PP, partido que vai apoiar sua candidatura no Estado e também se prepara para fechar um acordo para apoiar a reeleição de Yeda Crusius.