Na segunda aparição após as eleições, ontem, o ex-governador José Serra (PSDB), evitou entrevistas e disse que não falaria de política.
Na última quarta-feira, no entanto, o candidato derrotado à Presidência mandou um recado via sindicalistas.
Na ocasião, Serra foi à uma plenária da UGT (União Geral de Trabalhadores).
No evento, fechado, e sem presença da imprensa, Serra lançou mão de um discurso de menos de dez minutos para dizer que não seria candidato à Prefeitura de São Paulo, "em 2012".
Segundo a Folha apurou, um assessor do tucano entrou em contato com a entidade na terça-feira, comunicando a vontade dele de agradecer pessoalmente o apoio de diretórios da central na campanha.
Durante a visita, no dia seguinte, o ex-governador agradeceu o apoio e aproveitou para dizer que não seria candidato em 2012, mas que isso não significava um "afastamento" da política.
Ontem, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e do governador Alberto Goldman, na inauguração do Orquidário Professora Ruth Cardoso, na capital paulista, Serra evitou a imprensa. "Só quero falar de orquídeas. Me deixem curtir o meu sabático", disse.
Já FHC aproveitou a ocasião para ironizar a influência do presidente Lula sobre a formação da equipe de ministros da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).
"O Lula sempre disse que eu me metia demais na política, mas agora ele é quem está se metendo demais", disse.
"Mas deixa ele se meter. Se acharem que está abusando, caberá à presidente Dilma controlar", finalizou.