O juiz Sérgio Moro determinou a devolução do passaporte de Cláudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na decisão, o juiz afirmou que "foi iniciativa da própria defesa o depósito do passaporte em Juízo". "De todo modo, não foi decretado por este Juízo medida cautelar de proibição para que Cláudia Cordeiro Cruz deixe o País.
"Considerando ainda o papel subsidiário da acusada, que é ré na Operação Lava Jato. no suposto esquema criminoso, não vislumbro razões concretas para estabelecer tal proibição, reputando remoto o risco à aplicação da lei penal especificamente quanto a ela", apontou o juiz. "Assim, autorizo a devolução do passaporte de Cláudia Cordeiro Cruz à Defesa, mediante termo."
Segundo a defesa, "Cláudia sempre se colocou à disposição do juízo, prestou informações, depoimentos, e continuará colaborando, de forma que não havia motivo para a apreensão de seu passaporte".
No dia 15 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) negou devolução do passaporte de Cláudia Cruz, alegando que, apesar dele ter sido entregue espontaneamente pela acusada, existia 'risco concreto de eventual fuga'.
O passaporte da mulher de Cunha foi recolhido em março por ordem de Moro, decretando a proibição da ré de sair do País.