Senadores elaboram impeachment de Moraes após troca de mensagens

Gabinete do ministro teria solicitado informalmente ao setor de combate à desinformação do TSE durante e após as eleições de 2022

Ministro Alexandre de Moraes | Agência Brasil
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Na noite desta terça-feira (13), um grupo de senadores ligados ao bolsonarismo começou a recolher assinaturas para um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Temos mais de uma dezena de senadores que já manifestaram interesse em assinar. Será protocolado amanhã.”, disse Damares Alves (Republicanos-DF) à 'CNN'. 

SOLICITAÇÕES INFORMAIS

O pedido de impeachment está baseado em revelações divulgadas pela "Folha de S.Paulo", que afirmam que o gabinete de Alexandre de Moraes teria feito solicitações informais ao setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante e após as eleições de 2022. O jornal teve acesso a 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares do ministro, incluindo Airton Vieira, o principal assessor de Moraes, que atualmente atua como juiz instrutor no STF.

DAMARES CRITICOU BASTANTE

Damares Alves não economizou nas críticas: “Se 5% do que foi divulgado hoje for verdade, espero que o ministro, ao deitar a cabeça no travesseiro esta noite, reflita profundamente e, ao amanhecer, apresente seu pedido de renúncia”. A senadora enfatizou que tal atitude seria o “mínimo que ele poderia fazer pela garantia da nossa democracia”.

NOTA DO GABINETE DO MINISTRO

Em nota, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclareceu que, no curso das investigações, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao TSE. “Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.

“Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, encerra o texto.

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