Senador do PSDB nega mensalão e diz estar confiante de sua absolvição pelo STF

Azeredo nega mensalão mineiro e diz estar confiante de sua absolvição pelo STF

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Alvo de uma denúncia do Ministério Público Federal que está sendo julgada nesta quarta-feira pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) negou à Folha Online a existência do mensalão mineiro e diz estar confiante de que será inocentado pela Suprema Corte.

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Segundo o tucano, não há relação entre a suposta arrecadação ilegal de recursos para sua campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998 e o esquema investigado pela CPI mista dos Correios em 2005 que envolvia integrantes da base aliada do governo Lula, que supostamente recebiam dinheiro em troca de apoio em votações no Congresso em matérias de interesse do Executivo.

O senador disse que não vai acompanhar o julgamento no STF. "Eu confio no Supremo. Já expliquei isso milhares de vezes. Isso [mensalão] nunca aconteceu em Minas. O mensalão é um termo errado que a imprensa repete nesse caso", afirmou.

Segundo reportagem da Folha publicada hoje, o ministro do STF Joaquim Barbosa deverá propor a abertura de ação penal contra o senador. Barbosa é o relator de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal no final de 2007, na qual o então procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, afirma que Azeredo cometeu por sete vezes o crime de peculato e por seis vezes lavagem de dinheiro.

Como fez no caso do mensalão, Joaquim Barbosa deverá aceitar a denúncia contra Azeredo, transformando-o em réu. Ministros ouvidos pela Folha não descartam a possibilidade de um pedido de vista, já que esperam um voto do relator com muitos detalhes técnicos.

Ministros do STF preveem maior dificuldade para receber a denúncia neste caso do que no do mensalão, já que as circunstâncias são diferentes. O caso também será marcado pela primeira participação em julgamento de grande relevância política de José Antonio Dias Toffoli, ex-advogado-geral da União e ex-advogado do PT.

Na denúncia, Antonio Fernando detalhou o funcionamento do mensalão mineiro, que correspondia a desvios de recursos públicos em prol da campanha de Azeredo em 1998. Ele é considerado o embrião do mensalão federal, esquema organizado pelo PT de pagamento de propina em troca de apoio parlamentar. No esquema federal, o Supremo acolheu a denúncia e transformou 39 acusados em réus.

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