Passados dois meses da decis?o do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o nepotismo (contrata??o de parentes) nos tr?s Poderes, a C?mara e o Senado demitiram 189 familiares de parlamentares e de servidores que t?m cargos de chefia no Congresso.
A maioria dos parentes exonerados era ligada a parlamentares - dos 102 demitidos na C?mara, 87 eram familiares de deputados. J? no Senado, dos 87 demitidos, 46 eram parentes at? terceiro grau de senadores.
Para averiguar os casos de nepotismo, a dire??o da C?mara mandou fazer um rastreamento na folha de pagamento de pessoal. At? agora, foram verificados os casos de 102 parentes de deputados que est?o no exerc?cio do mandato e de familiares de servidores que ocupam fun?es de chefia.
Mas parentes de ex-deputados, que perderam o mandato ou morreram, n?o foram exonerados de seus cargos. Tamb?m n?o foram atingidos pela decis?o do Supremo os assessores que ocupam cargos em comiss?o na C?mara e s?o parentes de pol?ticos, que n?o t?m mandato.
Al?m da contrata??o direta de parentes, os parlamentares tamb?m faziam o chamado nepotismo cruzado, em que um emprega em seu gabinete o parente de outro, e vice-versa.
Na C?mara foram detectados, pelo menos, dois casos desse tipo: Alexandre Santos (PMDB-RJ) contratou Edna da Cunha de Castro, irm? do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que empregava Priscila Alencar dos Santos, filha de Santos.
A s?mula do Supremo publicada no dia 29 de agosto pro?be a contrata??o de parentes at? terceiro grau. Na semana passada, o Minist?rio P?blico Federal no Distrito Federal decidiu fiscalizar o cumprimento da s?mula do Supremo. Foi aberto um inqu?rito civil p?blico para acompanhar as a?es contra o nepotismo nos tr?s Poderes.