Senado aprova indicação de Tombini para presidir BC

Tombini é atual diretor de Normas do BC e vai suceder Henrique Meirelles

Alexandre Tombini teve seu nome aprovado | Agencia Brasil
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O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) com 37 votos favoráveis e 7 contrários a indicação de Alexandre Tombini para presidir o Banco Central no governo de Dilma Rousseff, que se inicia em 1º de janeiro de 2011. Será comunicado agora à Presidência da República a aprovação para que se marque a data da posse de Tombini no comando da instituição.

Tombini é atual diretor de Normas do Banco Central e foi escolhido por Dilma para suceder Henrique Meirelles a frente da instituição. Sua indicação já tinha sido aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na semana passada, quando ele foi sabatinado.

Durante a sabatina, Tombini defendeu a estabilidade da moeda e destacou o papel do Banco Central como garantidor disso ao fixar os juros básicos da economia, a Taxa Selic.

Ele afirmou ainda que terá "autonomia operacional plena" para definir a taxa básica de juros e perseguir as metas de inflação. "Para isso [assegurar o poder de compra da moeda], a presidente eleita conferiu autonomia operacional plena ao Banco Central para perseguir o objetivo definido pelo governo, por meio do Conselho Monetário Nacional, de meta de inflação medida pelo IPCA de 4,5% para os próximos dois anos", afirmou.

Tombini também afirmou que as alterações nos depósitos compulsórios anunciadas na última sexta-feira, com a retirada de R$ 61 bilhões da economia, têm impacto na economia e, consequentemente, afetam as condições de definição da política monetária (taxa de juros).

"Reconhecemos que elas têm impacto na economia, na demanda agregada, e consequentemente afeta as condições em que se define a política monetária [definição dos juros]", afirmou Tombini aos senadores. Embora as medidas tenham cunho "macroprudencial" (evitar a formação de bolhas no mercado de crédito), ele acrescentou que há um reconhecimento que elas têm impacto na economia e que isso deve ser levado em consideração na fixação das politicas macroeconômicas.

O futuro presidente do Banco Central afirmou ainda que o Brasil não pode deixar "simplesmente" que outros países determinem a direção da taxa de câmbio brasileira. "Temos de trazer mais proximidade do câmbio flutuante em relação aos fundamentos da economia, e não simplesmente deixar que políticas de outros países determinem a direção dessa importante variável economica. [O câmbio] é flutuante, mas é flutuante em relação aos fundamentos econômicos do país", declarou.

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