'Selva': vaza resposta de Bolsonaro após Cid enviar link de leilão de joia; veja conversa

A mensagem do ex-presidente foi enviada após a abertura do link, 21 minutos depois de recebido

Montagem mostra conversa entre Jair Bolsonaro e Mauro Cid | Montagem/MeioNews

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid enviou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) um link de leilão online de um kit de joias recebidas pela Presidência da República. Em resposta, Bolsonaro escreveu "selva", jargão militar. A Polícia Federal (PF) apontou essa troca de mensagens como uma das evidências de que Bolsonaro estava ciente do suposto esquema de venda de presentes do acervo presidencial. A mensagem de Bolsonaro foi enviada após a abertura do link, 21 minutos depois de recebido.

Troca de mensagens entre Jair Bolsonaro e Mauro Cid sobre leilão de joias sauditas — Foto: Reprodução

"daqui a pouco é o kit"

No celular de Bolsonaro, a PF encontrou registros de navegação que mostram que o ex-presidente abriu o link do leilão enviado por Cid. O diálogo ocorreu em 4 de fevereiro de 2023, e quatro dias depois, Cid enviou um link de uma transmissão de leilão no Facebook, avisando que "daqui a pouco é o kit". O item, no entanto, não foi comprado, e posteriormente, Cid desistiu de vender as peças, pedindo que fossem enviadas ao endereço de Bolsonaro na Flórida.

Para a PF, a sequência de fatos confirma a ciência de Bolsonaro sobre o leilão. "Esta sequência apresentada: primeiro, o envio de link do leilão por Mauro Cid; segundo, o registro de acesso à página por meio de histórico e cookies por Jair Bolsonaro em seu aparelho telefônico; e terceiro, a utilização da expressão 'Selva' reforçam a utilização deste jargão para confirmar a ciência do ex-presidente de que o KIT ouro rosé fora exposto a leilão", diz o relatório da PF.

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de Mauro Cid e aliados - Foto: Reprodução

indiciamento de Bolsonaro por 3 CRIMES

A investigação foi concluída na semana passada, resultando no indiciamento de Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Outras 11 pessoas também foram indiciadas. A defesa de Bolsonaro não comentou o relatório. Contudo, ao longo da apuração, os advogados do ex-presidente afirmaram que ele agiu dentro da lei e declarou oficialmente os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens, os quais, segundo a defesa, deveriam compor seu acervo privado após o mandato.

Para mais informações, acesse meionews.com

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