A escalação da Seleção Brasileira de futebol acabou integrando parte das discussões da reunião de líderes desta terça-feira (11), na Câmara dos Deputados. A ausência de dois nomes, Neymar e Ganso, foi considerada como a maior surpresa entre a maiora dos parlamentares.
Líder da Minoria, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) avaliou com decepção a ausência dos dois garotos da Vila Belmiro na lista oficial. Outra ausência lamentada foi a de Adriano, jogador do Flamengo.
" O restropecto do Dunga é positivo, mas nós nunca estamos contemplados. O Adriano, por exemplo, acho que ele vai fazer falta no time", afirmou.
Na mesma reunião, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também se mostrou decepcionado pela ausência dos dois jovens do Santos. Mesmo assim, o deputado, que é torcedor do Palmeiras, afirmou que vai torcer com todo empenho pela seleção.
" Vou torcer para a seleção, sejá lá quem estiver convocado", garantiu.
O vice-líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ) disse que a convocação demonstrou ?conservadorismo? do técnico Dunga. ?O Dunga é um fiel representante da onda conservadora que varre o país. Ousa muito pouco?, disse ao G1.
Segundo ele, as copas conquistadas pelo Brasil tinham ao menos um garoto revelação. ?Isso valeu para o Ronaldinho ?Fofão? [atacante do Corinthians], quando ele ainda era ?fofinho?, na Copa de 94, valeu para o Ronaldinho Gaúcho, para o Kaká.?
Alencar lamentou a não convocação dos jovens jogadores do Santos, destaque do Campeonato Paulista. ?O Dunga obedeceu esse critério de não ousar. Podia pelo menos chamar um dos ?meninos do Santos [Neymar ou Ganso]. Se não chamou o Pato [jogador da Inter, da Itália], podia pelo menos chamar o Ganso?, afirmou.