Secretário de Saúde do Amazonas deixa prisão e pede exoneração do cargo

Com a sua saída, o secretário-executivo de controle interno da SES, Silvio Romano, responderá interinamente pelo órgão

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Preso no último dia 2 pela da Polícia Federal, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, apresentou seu pedido de exoneração em reunião com o governador Wilson Lima (PSC). A informação foi confirmada pela secretaria.

Alvo da Operação Sangria, que investiga corrupção em contratos firmados pelo governo do Amazonas na pandemia, Campêlo foi preso junto com quatro empresários preventivamente. Na noite de ontem, todos foram soltos "após o encerramento do prazo de cinco dias de prisão temporária".

Ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo - Foto: Governo do Amazonas

Em nota, a Secretaria de Saúde diz que o pedido de exoneração "é para não deixar qualquer dúvida sobre sua conduta e facilitar ao máximo o acesso das autoridades aos documentos sobre contratos e decisões que tomou à frente do órgão".

"Minha permanência poderia parecer que tenho algo a esconder ou que fiquei para manipular as informações, por isso entreguei o cargo", disse Campêlo, que nega as acusações. 

Com a sua saída, o secretário-executivo de controle interno da SES, Silvio Romano, responderá interinamente pelo órgão. A pedido de Lima, Campêlo permanecerá no governo como coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE). 

A nova fase da operação foi aberta depois que o Ministério Público Federal encontrou novos indícios de fraudes e superfaturamento na reinauguração do hospital de campanha Nilton Lins em Manaus no início do ano, quando o sistema de saúde da capital amazonense entrou em colapso diante de uma nova escalada da pandemia, e na prestação de serviços na unidade temporária para tratar pacientes com coronavírus. 

Na nota enviada à imprensa, a SES afirma que "as acusações, de superfaturamento no pagamento para uso do local como hospital de campanha na pandemia, não têm sustentação lógica, pois o prédio não foi alugado em 2021 e nenhum dos serviços apontados como superfaturados foi contratado, não havendo, portanto, pagamento pelos mesmos". 

As informações são do UOL

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