A polêmica envolvendo a transição do Executivo do Piauí divide com ainda mais vigor os opositores e aliados da próxima gestão. Nesta semana, em entrevista ao Jornal Meio Norte, a deputada estadual Margarete Coelho (PP), eleita vice-governadora, demostrou preocupação com alguns atos administrativos adotados na gestão Zé Filho (PMDB), citando como exemplo o suposto saque de R$ 90 milhões do IAPEP. “Você sacar R$ 90 milhões de um fundo de previdência que tem por objetivo garantir a aposentadoria e os benefícios dos contribuintes, realmente é grave, porque o Estado tem que se responsabilizar por isso, afinal de onde virá esse dinheiro, pois o dinheiro viria do fundo, então temos que saber porque o dinheiro não está nesse fundo”, afirmou.
Com a declaração, o Secretário Estadual de Administração, João Henrique de Almeida Sousa, defendeu a atual gestão, rebatendo as acusações da deputada. “Essa história dos R$ 90 milhões no Iapep não existe, na realidade, se for ao Iapep, conversar com o diretor geral ele vai mostrar a realidade, não há absolutamente nada dessa proporção para falar”, disse.
CRISE - O administrador também negou que o Piauí esteja passando por uma crise, ressaltando que os empecilhos encontrados atualmente já eram percebidos em governos passados. “Você acha que um Estado que paga a folha de pessoal rigorosamente em dia, no valor de R$ 272 milhões todo o mês está em dificuldade? Evidente que a dificuldade em que o Estado está é a em que sempre esteve, não há nenhuma novidade em relação a isso. Eu diria que é alguma coisa que nós já temos aí há muito tempo, que em determinado instante vamos ter que enfrentar, é o fato de o Estado ter despesas superiores a sua receita e que alguém vai ter que enfrentar”, reiterou. Para ele, Zé Filho não teve tempo suficiente para resolver os problemas constatados.