Auditoria investiga secretária de Alckmin por fraude e nepotismo

A investigação mostra que a irmã da secretária recebeu benefícios e se apresentou como funcionária da Rede Lucy Montoro

Linamara nega irregularidades e diz que se explicou com a Fazenda | Divulgação/Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência
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Auditoria realizada pela Secretaria da Fazenda aponta que a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência do governo Alckmin, Linamara Rizzo Battistella, tenha agido contra as normas e esteja envolvida em casos de nepotismo e fraudes de contratos.

A investigação mostra que a irmã da secretária recebeu benefícios e se apresentou como funcionária da Rede Lucy Montoro, órgão público que atende a deficientes em fase de reabilitação, sem ter um cargo oficial.

De acordo com informações publicadas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (25), Maysa Rizzo teria usufruído de passagens aéreas e diárias em hotéis pagas com dinheiro público. Além disso, ela também teve acesso a um carro oficial, um Meriva, entre outubro e dezembro de 2012.

E-mails mostram a irmã da secretária se identificando como assessora do gabinete de Linamara, o que é proibido pela legislação, que não permite a atuação de familiares em cargos públicos. Por telefone, Maysa negou à Folha que tenha qualquer vínculo profissional com a pasta. As acusações contra as irmãs foram feitas por meio de denúncia anônima em julho de 2013.

Fraude

A Secretaria da Fazenda também aponta indícios de fraudes nas contratações feitas pela Rede Lucy Montoro, administrada pelas secretarias da Pessoa com Deficiência e Saúde. O número de médicos atuando no órgão é inferior ao registrado pelo Recursos Humanos, ou seja, os cofres públicos estão pagando funcionários que não trabalham. A auditoria também suspeita das cargas horárias registradas pelos médicos contratados.

Linamara Rizzo Battistella nega as irregularidades e alega já ter se explicado com a Secretaria da Fazenda e Ministério Público. Para o jornal Folha de S. Paulo, a secretária diz que as acusações têm o objetivo de destruir uma reputação que ela construiu ao longo de 40 anos de carreira. O caso continua sendo investigado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

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