O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), entregou na noite desta quarta-feira o comando da sessão que vota o projeto de lei de reajuste do salário mínimo à primeira vice-presidente da Casa, Marta Suplicy (PT-SP), informou a assessoria do senador. Sarney deixou o plenário para acompanhar sua mulher, Marly Sarney, que sofreu uma queda em casa e teve que ser levada ao Hospital Sarah Kubitschek com suspeita de fratura no nariz.
Segundo a assessoria de Sarney, ele não deve retornar ao Senado hoje, quando os senadores votam projeto do governo que reajusta o salário mínimo para R$ 545, aprovado por ampla maioria na Câmara na semana passada.
Segundo o texto que seguiu para o Senado, devido à crise mundial, não houve crescimento em 2009 e, assim, o valor deste ano seria corrigido apenas pela inflação. O governo tenta convencer a oposição (e acalmar as centrais sindicais) alegando que, se o cálculo for mantido, o mínimo em 2012 chegará a R$ 616, além de ter um aumento real de 30% nos próximos cinco anos.
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 376 votos a 106, a emenda proposta pelo PSDB para elevar o salário mínimo de R$ 545 para R$ 600. Sete parlamentares se abstiveram. A emenda do DEM, que pedia o reajuste de R$ 560, caiu por 361 votos contra, 120 a favor e 11 abstenções.